16 de ago. de 2014

Reencontro











Reencontro



 Coração ancorado
 Sem partidas, nem chegadas
 Repousa em águas tranquilas
 Não navega, não deslumbra
 O nascer do Sol, nem seus poentes


 Navega  pelo  face, com o paradoxo
 De sentir-se junto e  sentir - se   só.
 No espanto, um clic a mais
 Reconhece  um rosto, que na memória traz..
 Anos e anos se passaram...

 Coração desavisado, acelera
 Reencontro do primeiro amor
 Entram emoções, navegam lembranças
 Neste barco, que desconhecia
 A saudade que ainda sentia.

 Sensação estranha, de medo gostoso...
 Da emoção aflorada, na face rosada
 Medo de quê?
 Se um dia foi prazer, por que
 Silenciar, a alegria do encantamento?

 Com um pé atrás, ou, os dois no chão
 Vontade imensa de se reviver
 O grande e ingênuo amor
 Sentir a juventude que ele expressa
 No amar de novo... e de novo...

 Vá coração, singrar em novos rios
 Descubra suas nascentes,
 Veja as cores do poente
 Ante o medo que arrepia,
 Celebre a coragem que inebria.

Olynda Bassan

Um comentário:

  1. Que gostosa essa procura pela paixão deixada, mas que vem queimar a pele, trazendo quentes lembranças. Parabéns!

    ResponderExcluir