Reencontro
Coração ancorado
Sem partidas, nem chegadas
Repousa em águas tranquilas
Não navega, não deslumbra
O nascer do Sol, nem seus poentes
Navega pelo face, com o paradoxo
De sentir-se junto e sentir - se só.
No espanto, um clic a mais
Reconhece um rosto, que na memória traz..
Anos e anos se passaram...
Coração desavisado, acelera
Reencontro do primeiro amor
Entram emoções, navegam lembranças
Neste barco, que desconhecia
A saudade que ainda sentia.
Sensação estranha, de medo gostoso...
Da emoção aflorada, na face rosada
Medo de quê?
Se um dia foi prazer, por que
Silenciar, a alegria do encantamento?
Com um pé atrás, ou, os dois no chão
Vontade imensa de se reviver
O grande e ingênuo amor
Sentir a juventude que ele expressa
No amar de novo... e de novo...
Vá coração, singrar em novos rios
Descubra suas nascentes,
Veja as cores do poente
Ante o medo que arrepia,
Celebre a coragem que inebria.
Olynda Bassan
Que gostosa essa procura pela paixão deixada, mas que vem queimar a pele, trazendo quentes lembranças. Parabéns!
ResponderExcluir